quarta-feira, 18 de março de 2009

- cinza

“Então eu te disse que o que me doíam essas esperas, esses chamados que não vinham e quando vinham sempre e nunca traziam nem a palavra e às vezes nem a pessoa exatas. E que eu me recriminava por estar sempre esperando que nada fosse como eu esperava, ainda que soubesse.”

O meu maior defeito talvez seja esse. Esperar por coisas que eu sei que não chegam nunca.
E toda vez quebrar a cara. E toda vez ficar mal-humorada. E toda vez ficar assim,
me prometendo que não irei mais esperar pela tal ligação, não vou mais esperar a boa
notícia, não mais esperar que a noite chegue agradabilíssima, porque eu sei que não vai.
Mas no fundo, no fundinho; eu sei que o meu coração vai esperar,
que o pobre coitado é bobo, é inocente e me faz sentir assim, mulherzinha.
que não cansa de se enganar, ainda que soubesse!

4 comentários:

Pedro Vinicius disse...

Nem sabia que você tinha um blog!

Legal!!

Voltei a usar o meu (depois de quase dois anos hibernado)...

Anônimo disse...

Tu sabes que eu tbm espero coisas, que me figuram impossíveis...
Eu disse impossível?
Tem qem diga qe agente não é louco de desejar o impossível.
Tem razão. Nada é impossivel pro homem!

Débora Regina disse...

Minha cara esse texto, nossa, em tudo!

Rafaela e Richard disse...

Que coisa...Há dois dias eu abro aqui teu blog Big (coisa que desconhecia) e fico encantada com teu coração...ai como somos mulherzinhas mesmo! ai como sofremos em vão...ai como eu queria também mudar o meu coração! sobre esse teu defeito...eu tbm tenho! ow se tenho!


Beijos querida, com saudade,

Rafa