quarta-feira, 29 de abril de 2009

chuta que é macumba,

O tempo correu a manhã inteira mas pra mim parece estar estagnado desde o momento em que acordei, ou melhor, desde o momento em que não durmi na noite passada.
Eu sinto um cansaço grande, que dói as costas e aperta a garganta.
Eu sento, eu levanto, eu ando e ando e ando, mas nada supri a necessidade que tem aqui dentro, e que nem eu mesma sei o que é.
Não importa se tem sol, se tem chuva, por mim podia nevar hoje,
aí então eu veria algo diferente que poderia despertar algum sentimento de felicidade em ver algo novo.
Mas eu gosto mesmo é do velho, do que eu já conheço, do que já me fascinou e que eu sei que vai fazer bem.
Eu sinto uma saudade que não acaba nunca, e não cessa por mais que eu tente.
Eu sinto um amor que não consigo dosar a saída.
Eu sinto uma inexplicável alegria em viver, em querer, em desejar e ter tudo aquilo que me deixa assim.
Mas hoje, a alegria cabe dentro de uma caixinha de fósforos.
Rezarei pro Santo Antonio, pra ver se ele manda o namorado pra me acalmar o coração.
Ou se não, posso rezar pro Santo Agostinho, pra mandar os amigos e dar uma animada.
Quem sabe eu olhe pra lua e reze para o São Jorge. Talvez ele atenda as preces da filha de uma corinthiana, e faça a moça perder a vazio no olhar.
Pelo menos hoje...

quinta-feira, 23 de abril de 2009

- credo

Estou me sentindo travada. Falta inspiração para escrever aqui.
Falta algo triste, ou muito feliz, ou muito estranho acontecer.
Talvez seja o frio, que chegou e já está congelando a cabeça.
Talvez...
Não sei...
Antigamente quando isso acontecia eu me revoltava, e numa louca
crise de identidade apagava tudo que havia escrito.
Mas hoje não, hoje deixo o texto de uma das feras brasileiras pra vocês:


Sou cheia de manias. Tenho carências insolúveis. Sou teimosa. Hipocondríaca. Raivosa, quando sinto-me atacada. Não como cebola. Só ando no banco da frente dos carros. Mas não imponho a minha pessoa a ninguém. Não imploro afeto. Não sou indiscreta nas minhas relações. Tenho poucos amigos, porque acho mais inteligente ser seletivo a respeito daqueles que você escolhe para contar os seus segredos. Então, se sou chata, não incomodo ninguém que não queira ser incomodado. Chateio só aqueles que não me acham uma chata, por isso me querem ao seu lado. Acho sim, que, às vezes, dou trabalho.
Mas é como ter um Rolls Royce: se você não quiser ter que pagar o preço da manutenção, mude para um Passat. "


a-d-o-r-o!
por Fernanda Young

beijo-meliga

quinta-feira, 9 de abril de 2009

- something cool

Há 46 anos um gene idealista e determinado a mudar o mundo habita o planeta em que vivemos.
Vestindo Che Guevara estampado no peito, jeans rasgado e all star verde musgo, caminha sempre apressadamente pelas ruas de Florianópolis
Os cabelos grisalhos e finos balançam ao vento vindo da beira-mar, e os óculos Ray-ban modelo aviador escondem os olhos cansados da noite mal dormida. As rugas já acentuadas no canto dos olhos contam histórias de guerra, de amor, histórias de superação e aveturas que parecem cenas de filme alemão durante a queda do muro de Berlim. O coração não cabe dentro de si. Ás vezes solitário, ás vezes confuso, e muitas vezes com amor até demais para dar. O corpo não é de todo tamanho, mas é um corpo jovial, que fecha perfeitamente com a cabeça, e que juntos formam uma máquina; é um corpo que protesta. É uma boca que grita pelos direitos das pessoas. São braços que se erguem e sustentam bandeiras. São mãos que já carregaram injustamente algemas. São dedos que seguram charutos a "la Fidel Castro" vez-em-quando. E são dentes que constroem um sorriso fácil. Sorriso esse que desde pequeno, quando ainda menino do Sr. Rogério e Dona Bernardina emana alegria. Um sorriso que hoje, apesar de amarelado por causa dos cigarros, o faz querer fazer algo também, para quem sabe um dia, mudar este mundinho capitalista (como diria ele).
Lá vai aquele homenzinho cheio de coisas pra contar; cheio de conhecimento pra espalhar. Lá vai ele no Scort baleado pela Av. Beira-mar, com seu chapéu de gafieira, e o som do Jimmy Hendrix tocando ao fundo; contraditório e apaixonante.
É ele... o garanhão da Ilha.
Lá vai Sr. Odair Rogério da Silva...
Lá vai, meu pai.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

I'm getting cold

Hoje o dia amanhaceu bem mais friozinho. Neblinha, ventinho, e aquela sensação de que o inverno tá chegando.
Não que eu odeie de morte o verão, mas convenhamos, o inverno é bem mais charmoso, e é no frio da estação que as melhores coisas acontecem.
Tem o vinho, durante o dia, tem o vinho durante a noite, e tem o vinho de madrugada, para esquentar o corpo e o coração.
Tem o filme enrolado em muitas cobertas, cheias de pipoca que cairam da bacia. Chocolate-quente que queima a língua. E tem o namorado esquentando você numa conchinha que não dá vontade de sair.
Tem os dias de muuuuito sol, e muita roupa. Aqueles dias que a gente saí do escritório e vai pra rua "lagartear" e pegar sol na cara.
Tem os meus amados cachecóis, que enfeitam tudo e mais um pouco.
Tem pinhão e tem festa junina. A-D-O-R-O o clima de festa junina, e principalmente a comilança.
Paçoca, cocada, maça-do-amor, quentão entre outros.
Esse frio todo é uma delícia, e vale tudo para conseguir se esquentar,
desde as cobertas inacabáveis até abraço, muito abraço, muito abraço!
Pode vir inverno! Te aguardo de braços e armários abertos.