domingo, 18 de julho de 2010

sim, sou piegas p.1

"O amor não é feito de palavrinhas idiotas, é de grandes atitudes.
O amor é sobre aviões levando faixas sobre estádios,
propostas em telões, palavras gigantes escritas no céu.
O amor é ir mais além mesmo que doa deixar tudo para traz,
é encontrar uma coragem dentro de você que você nem sabia que tinha."

Essa frase é de um filme chamado Little Manhattan. Ele é narrado por um menino de uns 11 anos de idade que se apaixona pela primeira vez. No decorrer do filme ele cita coisas deste tipo, sobre o entendimento que ele tem sobre o amor (talvez vendo os pais, os filmes, as novelas, as pessoas começam cedo a idealizar o amor). No filme, o garoto é enfático em tudo que fala sobre esse sentimento que abalou sua vida. Pobre menino, não sabe ele o quanto de coisas novas vai descobrir ainda sobre o amor, e que faixas em aviões e propostas em telões nós só vemos mesmo em filmes. Quanto mais o vivenciamos, menos o entendemos (pelo menos pra mim esse continua sendo o grande mistério da existência – o fato de as pessoas ainda não saberem lidar com o amor, não reconhecer sua imensidão, não respeitar sua grandeza, e por aí vai minha pieguice).

Acho que algumas coisas acabaram com sua essência; primeiro – os filmes! Os filmes nos fazem acreditar num amor que não se encontra aqui, na vida real. Principalmente hoje em dia em que tantos princípios já foram esquecidos. Todos esperam simplesmente por uma grande beleza; mulheres lindas, homens lindos que choram e relacionamentos que duram pela vida inteira sem nenhuma dificuldade. Bom, triste admitir, mas acho que assim só mesmo nas telonas...

Segundo – o jeito que as coisas andam nessa terrinha. Incompreensão, ambição, falta de sensibilidade. Não sei porque, mas as vezes penso que antigamente o amor era levado mais a sério, e não falo só do casamento não – hoje em dia ninguém mais pensa nisso né – mas falo também da importância que existia em se ter um companheiro (a). Hoje outras coisas são mais valorizadas que isso não é mesmo? Status, poder, festas, bebedeiras todos os dias, falar em alma gêmea é piada. Um milhão de garotos, várias gatinhas na lista no celular, e assim segue até o coração pedir arrego (se é que em algum momento ele vai pedir).

Sabe, vez-em-quando penso que deve ser hora de acordar pro mundo real. Mas ainda assim, teimo em acreditar que o amor é o que busco, ele vive aqui, e sim, muito idealizado. Sei que não sou a única que o busca, e por isso, não sou a única que sofre quando não encontra o que procura. Não é só o amor conjugal, mas o amor que vai mudar as pessoas, que vai mudar o mundo, que vai evoluir, que vai pacificar.

O Cazuza disse que o "amor é o ridículo da vida". Obviamente eu discordo, e digo sem medo e sem vergonha de todo esse "desabafo", que quem concorda é porque ainda não o sentiu verdadeiramente.



Termino com essa frase incansável;

“O amor é a única revolução verdadeira”