segunda-feira, 29 de março de 2010

quase uma.




apenas o fim.

terça-feira, 23 de março de 2010

oito e cinco da manhã,
terça-feia.
...
sempre a nostalgia.

segunda-feira, 15 de março de 2010

- 1989,

Não não não. Fazer aniversário não é apenas uma velinha a mais pra colocar sobre o bolo. Não é apenas um dedo a mais pra contar os anos. Não é apenas aquela c0isa de muito abraço e presentes. Um ano a mais, é muita, mas muita coisa mesmo.
No último sábado, fechei o ciclo de mais um ano dessa minha vidinha. Desde 89, então, fazem 21 verões que habito essa bola azul e verde que chamam de planeta terra, e são 21 verões de muita coisa boa - ah sim, porque o que é ruim eu já deixei pra trás.

O último ano foi bem especial.

Pra começar, consegui um emprego na minha área. Depois de muito pensar, aceitei trabalhar na tv. Sim, na tv! Essa era uma coisa que nunca quis pra mim, mas gosto de ser desafiada e assim, topei. Logo depois, perdi um amigo. Elton foi morar em Curitiba. O lado bom, é ter que mesmo na marra, aprender a lidar com duas coisas terrívelmente chatas - distância e saudade.

Uns meses depois, revista Huga entra no ar, e abre espaço pra mim, e dois grandes queridões conhecermos muita gente legal, fazer muito contato legal e ainda dar uma chance à cultura da cidade.

Em um meio tempo pintei, repintei, cortei, cortei de novo em mudei umas quatro ou cinco vezes o lado que em que prendo o cabelo. Fiz uma grande amizade. Vi um novo lado da minha religião, conheci muitas bandas novas legais e viajei muito, muito mesmo.

Depois de um tempo, eu descobri uma coisa que até então habitava um plano desconhecido pra mim, uma coisa que morava no mundo dos adultos. A chamada realização profissional. É, depois de algumas tentativas frustradas, eis que surge um novo programa na Rstv. Reverb vai ao ar em outubro de 2009, e com ele eu descubro realmente o que é ser feliz fazendo aquilo que a gente gosta. Trabalhar com música diretamente foi uma coisa que sempre quis, um sonho que vem sendo cultivado e regado há anos e anos, e que agora, vingou. A colheita tem sido cada dia mais doce e produtiva. Minha equipe e nosso trabalho hoje é reconhecido em todo o estado, e isso mostra que querer fazer bem feito dá certo sim senhor.

Outro sonho também foi concretizado. Alguém já ouvi falar em Cirque du Solei? Já né. Pois é. EU FUI. E foi simplesmente a noite mais mágica dos últimos tempos. Se chorei? imagiiiina. As lágrimas correram com uma satisfação que eu nunca havia sentido. Como aquela coisa de beijar um amor platônico com a trilha sonora mais linda do mundo no fundo. Quidam devolveu uma coisa de criança, uma coisa de fantasia, um coisa que não esbarrava comigo há tempos atrás, e que agora, renasceu mais forte ainda.

Outra coisa legal foi o casamento da minha prima Fernanda. Aquela coisinha fofinha pequeninha que brincava de barbie comigo, aparece no altar dando a impressão de ser uma daquelas bonecas, lindas e perfeitas que cultivávamos com todo o cuidado em nossas estantes, para nunca quebrar nem estragar. Foi uma cerimônia linda, que fez reaparecer aquele velho clichê, que casamento pode dar certo sim, e o amor pode durar pra sempre sim (por que não?).

Falando ainda em casamento, a última grande notícia foi que os planos de infância vão ser concretizados. Minha indiazinha vai casar, e eu serei a madrinha (como era maquinado desde 1900 e alguma coisa). Não consigo expressar em palavras o quão ansiosa estou por essa cerimônia, e o quão orgulhosa eu tôu por ver essa pessoa tão especial (Dona Mirian de Andrade), realizando o seu grande sonho.

A partir de agora, um novo ciclo de histórias começa. Ele foi inciado em alto estilo, e agradeço imensamente a todos que estiveram comigo durante essa virada - no churrasco, no cachorro-quente, nas bandas de rock, no bolo de domingo, nos abraços e nos telefonemas - afinal, esse tipo de histórias não surgem sozinhas, não é?
e que venham mais 21, e mais 21 e mais 21.

segunda-feira, 8 de março de 2010

oito de março, dia da mulherzinha em mim.

"... Eu preciso de ti. Perto, longe, tanto faz. Preciso saber que tu está bem, se respira, se comeu ou tomou banho - com o calor que está fazendo neste verão, tome pelo menos uns três ao dia, e pense em mim, estou com calor também. Me faz bem pensar nessas atividades corriqueiras, que supostamente você está fazendo. Ah, e eu estou te esperando, com meu vestido curto, óculos escuros grandes e meu coração pulsando forte, e te abraçar até sentir o mundo girar apenas para nós. É, eu gosto muito de ti. "




segunda-feira, 1 de março de 2010

Glosoli.

Todo santo dia tento ir dormir antes da uma da manhã.
Todas as manhas tomo café puro forte e quente, para combater o cansaço.
Todo santo dia tento comer menos, tento ler um pouco mais, tento me preocupar um pouco menos, tento vigiar um pouco mais.
Todos os dias escuto a mesma música, independente de ela estar tocando em algum aparelho que produza som, na cabeça, em algum momento ela aparece, clara e pungente.
Todos os dias são alguns demônios, são alguns temores.
Alguns medos e outros desejos (como já diria o poeta).
É a luta contra o tempo, é a luta contra o cansaço, é a luta contra os limites, as finanças, as cobranças, é a luta contra si mesmo. Contra esse pieguismo, contra a vontade de escrever coisas que não rimam e não casam com a realidade. Mas que pulsam, insistentemente.
Pulsam.
É o desejo de que alguém leia, e compreenda, o medo. O sentimentalismo. O dramatismo, que sem querer, se faz presente em mim, em meu signo pisciano, em algumas borboletas no estômagos, em algumas inseguranças já pré-definidas, em outras-recém-surgidas.
"se soubesse dividir a noite, se quisesse, como dizer, como dizer? a questão era sempre como, e não o que, sim, espelhar-se? sim, re-per-cu-tir-se, sim, qualquer coisa dessas, refletida, por isso mais amena, mais suportável, menos maldita, compartilhada, cúmplice."

Hoje, caminhei sob o sol forte do meio dia em meio a um vento fresco com cara de outono.
Sorri.

Sorri.