sexta-feira, 22 de abril de 2011

-something

Tão piegas voltar aqui para falar da vida, tão clichê. Mas ao mesmo tempo penso que não existe nada mais bonito para se abordar, afinal, essa coisa intitulada "sua vida" é tão multi facetada e por isso consegue ser sempre tão encantadora.
Digo, em todos os sentidos, afinal, o sofrimento também é belo. Ah, que seria das almas artistas (como ando ouvindo por aí) se não fosse ela, essa dor que faz transbordar.
Que seria deste tão empoeirado blog que me abre sinceros caminhos em momentos da mais perfeita reflexão, digo, não perfeita, quem sabe profunda.
Penso na dor, e vejo que talvez seja ela apenas um portal de entrada. Para o que há de vir.
Penso e insisto que esse oquehádevir é sim um hádevir lindo, feliz, porque não?
Porque sim.
Porque estas coisas universais que posso até apelidar de vibrações me dizem que sim, porque estes filmes maravilhosos me dizem que sim, porque estas músicas maravilhosas me dizem que sim, até o cheiro do restinho de vinho que já azedou ao lado da cama me diz sim.
E eu concordo. Eu concordo.
Não, isto não é um artigo de auto-ajuda, caro leitor.
É uma sensação, de eufórica alegria após ver um filme que me fez chorar litros,
e causou um alívio imenso.
Alívio imediato, parafraseando Humberto Gessinger.
Alívio de bem, e de mal, e daquilo que hadevir-e-euseiquevem.



"Não é impossível ser feliz depois que a gente cresce, só é mais complicado"
[de As melhores coisas do mundo]

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Moonlight Mile

Achando graça, pensarás com inveja na largatixa, regenerando sua própria cauda cortada. Mas no espelho cru, os teus olhos já não acham graça.” (Caio F.)

Essa coisa de vida, viver, conhecer, apegar, perder, sempre acaba nos tornando mulheres pessoas cada vez mais frias, traumatizadas, enraizadas em seus medos. Como escudos criados, escondemos o que mais bonito há aqui dentro, e que geralmente se deveria doar: sentimentos. Sim são eles, mais uma vez são eles. Que me fazem ter novamente vontade de escrever, de expandir, de escoar...

No entanto, hoje também são eles que me fazem ter vontade de recuar. Mais seguro. Mais seguro não ter no que se agarrar ... se agarrar naqulino que não seja nada além de teus amigos, tuas noitadas, teus livros, filmes e crises de ansiedade.

Desistir? Não, resignar. Continuar, no entanto, por muito longe, afatastando até quando puder/quiser, aquilo que já foi tão belo, mas que hoje, faz doer. Fez crescer.