segunda-feira, 9 de abril de 2012

preguiça,


Tô com preguiça da rotina.
Preguiça de gente chata falando coisa inútil em rede social.
Preguiça de gente malandra falando coisa inútil em telejornal.
Preguiça de menina egoísta que cansa todo mundo ao redor pra satisfazer desejos tolos de criança mimada.
Preguiça de pessoas vazias que só sabem falar mal de outrém pra tentar (pobres coitadas) se sentir um pouco melhor.
Tô com preguiça das mesmas músicas, dos mesmos canais na TV, do mesmo trânsito nas mesmas ruas. Preguiça das mesmas roupas no armário, das mesmas opções na geladeira, dos mesmos números na balança.
Preciso parar, resignar, aprender a confiar (em mim), a absorver, memorizar, descartar, relevar, revelar.
Preciso de um livro que na primeira página cause aquele êxtase de não querer parar. Preciso de um filme tristíssimo pra chorar, que toque na alma. De uma música pra dançar sozinha no chuveiro. De um emprego que me faça querer mudar o mundo. De um sonho mais fácil, palpável, diria.
Preciso de um dia com o dobro de horas, uma noite com o dobro de sono. 
Preciso de mais cultura, de mais aprendizado, mais conselhos, mais conversas produtivas.
Preciso de um porre só com as minhas amigas, e um dia inteiro só com a minha mãe.
Preciso de um beijo inocente e interminável que só começo de namoro pode dar e o sabor do balde de pipoca que só a sala de cinema pode oferecer. 
Preciso de mais abraços. Menos TPM.
Preciso de dinheiro - definitivamente, preciso de mais dinheiro - , de um carro, de um leitor de cartões.
Preciso de outro signo, quiçá outro ascendente. Mais conformado, menos exigente. 

dafasedomês:vomitandopensamentossobreumegoentediado

Um comentário:

Me disse...

Como disse Mario Quintana: A prequiça é a mãe do progresso. Se não tivessemos preguiça de andar, não inventariamos a roda. Quem sabe aonde a prequiça pode nos levar...