quinta-feira, 19 de maio de 2011

sentou-se passivamente a espera do entrevistado,
recostou a cabeça na parede fria,
sentiu os olhos queimando, eram lágrimas que preenchiam aquele olhar vazio.
Nada pessoal, nada pessoal,
sabia que era o cansaço que lhe derrubava o corpo
e angustiava a mente.
Levou a ponta dos dedos até os olhos, e pressionou com precisão.
Avistou o senhor grisalho aproximando-se,
engoliu a tristeza,
simpática, sorriu.

2 comentários:

Anônimo disse...

"... ele não sabe nem de onde, nem quando vem... Aparece de forma repentina... Em dia frios de um verão sufocante... Ou no sorriso em meio à tristeza calcificada... Nas lembranças distantes mas insistentemente presentes... No desejo sufocado a duras lágrimas, que ainda teimam em rolar... Na simples vontade de dizer um "oi" em meio ao medo da resposta vazia... Em uma melodia susurrando ao fundo... Enfim... Aparece... E é avassaladora..."

Mirian, disse...

"engoliu a tristeza, simpática sorriu."
quantas inúmeras vezes já passei pelo mesmo...
:*