“Achando graça, pensarás com inveja na largatixa, regenerando sua própria cauda cortada. Mas no espelho cru, os teus olhos já não acham graça.” (Caio F.)
Essa coisa de vida, viver, conhecer, apegar, perder, sempre acaba nos tornando mulheres pessoas cada vez mais frias, traumatizadas, enraizadas em seus medos. Como escudos criados, escondemos o que mais bonito há aqui dentro, e que geralmente se deveria doar: sentimentos. Sim são eles, mais uma vez são eles. Que me fazem ter novamente vontade de escrever, de expandir, de escoar...
No entanto, hoje também são eles que me fazem ter vontade de recuar. Mais seguro. Mais seguro não ter no que se agarrar ... se agarrar naqulino que não seja nada além de teus amigos, tuas noitadas, teus livros, filmes e crises de ansiedade.
Desistir? Não, resignar. Continuar, no entanto, por muito longe, afatastando até quando puder/quiser, aquilo que já foi tão belo, mas que hoje, faz doer. Fez crescer.
2 comentários:
desapego.
Tudo passa. Assim como o tempo. Contudo, dando tempo ao tempo é que se vê o tempo perdido. Mas nem tanto, já que o ostracismo sempre vai ser a melhor opção nos momentos de tristeza. E é pra esses momentos que existem belas músicas, belos filmes e belos livros, por que estar triste as vezes é bom :) ser triste é que não é.
"Sou um especialista em crueldades da existência" vai por mim, tudo passa.
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