O tempo correu a manhã inteira mas pra mim parece estar estagnado desde o momento em que acordei, ou melhor, desde o momento em que não durmi na noite passada.
Eu sinto um cansaço grande, que dói as costas e aperta a garganta.
Eu sento, eu levanto, eu ando e ando e ando, mas nada supri a necessidade que tem aqui dentro, e que nem eu mesma sei o que é.
Não importa se tem sol, se tem chuva, por mim podia nevar hoje,
aí então eu veria algo diferente que poderia despertar algum sentimento de felicidade em ver algo novo.
Mas eu gosto mesmo é do velho, do que eu já conheço, do que já me fascinou e que eu sei que vai fazer bem.
Eu sinto uma saudade que não acaba nunca, e não cessa por mais que eu tente.
Eu sinto um amor que não consigo dosar a saída.
Eu sinto uma inexplicável alegria em viver, em querer, em desejar e ter tudo aquilo que me deixa assim.
Mas hoje, a alegria cabe dentro de uma caixinha de fósforos.
Rezarei pro Santo Antonio, pra ver se ele manda o namorado pra me acalmar o coração.
Ou se não, posso rezar pro Santo Agostinho, pra mandar os amigos e dar uma animada.
Quem sabe eu olhe pra lua e reze para o São Jorge. Talvez ele atenda as preces da filha de uma corinthiana, e faça a moça perder a vazio no olhar.
Ou se não, posso rezar pro Santo Agostinho, pra mandar os amigos e dar uma animada.
Quem sabe eu olhe pra lua e reze para o São Jorge. Talvez ele atenda as preces da filha de uma corinthiana, e faça a moça perder a vazio no olhar.
Pelo menos hoje...